Prémio Inês de Castro para Tolentino Mendonça
José Tolentino Mendonça é o vencedor do Prémio Literário da Fundação Inês de Castro 2009. No terceiro ano em que é atribuído, o prémio distingue a obra “O viajante sem sono”, publicado no final do ano 2009 pela Assírio & Alvim, de José Tolentino Mendonça.
Para o galardoado, para além do reconhecimento pelo trabalho literário produzido, o prémio “é sobretudo uma grande responsabilidade por aquilo que é o ofício da própria poesia”. Em declarações à Agência ECCLESIA, Tolentino Mendonça sublinhou também o “investimento que isso representa em termos da vocação pessoal para a arte e para a criação”. O poeta e biblista recordou também, a este propósito, “o contributo específico que os poetas são chamados a dar no interior da nossa cultura”.
Com outros reconhecimentos públicos, as atribuições destes prémios sinalizam o trabalho que a Igreja desenvolve no interior da sociedade, nomeadamente na produção cultural. “É muito natural que o diálogo e o reconhecimento aconteça na medida em que a Igreja, de formas muito diferentes, acaba por estar presente nesse desígnio maior”, referiu.
A entrega do Prémio Literário da Fundação Inês de Castro 2009 acontecerá a 6 de Fevereiro, na Quinta das Lágrimas em Coimbra, numa sessão em que estará presente a Ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas.
O Prémio Literário Fundação Inês de Castro pretende galardoar uma obra publicada entre duas Feiras do Livro, que se insira na temática inesiana, amor, paixão, razões de estado, morte por amor e é simbolizado por uma estatueta em pedra e prata da autoria de João Cutileiro, réplica da escultura site specific que o artista fez para a Quinta das Lágrima em 1995.
Nas duas edições anteriores, o Prémio Literário Fundação Inês de Castro 2008 foi entregue a Teolinda Gersão, pela sua obra “A mulher que prendeu a chuva e outras histórias”, e o relativo ao ano 2007 a Pedro Tamen, pela sua obra “Analogia e Dedos”.
Resumo da obra vencedora do Prémio Literário Fundação Inês de Castro 2009, “O Viajante Sem Sono”, por José Tolentino Mendonça com edição da Assírio e Alvim:
“Por muito tempo amarei casa que exista apenas para guardar uma bicicleta ou os remos de um bote. As casas interessantes não têm pretensão nenhuma. Estarão perto de nós na hora necessária mas a qualquer momento com mais clareza afastam-se das certezas que perdemos e da imensidão que se avista de lá. Um velho provérbio diz: Se deres um passo atrás, talvez te coloques a tempo de uma estação clemente.”
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