Andreia C. Faria é a vencedora da 13.ª edição do Prémio Literário Fundação Inês de Castro

Alegria para o Fim do Mundode Andreia C. Faria (2019, Ed. Porto Editora), é a obra vencedora do Prémio Literário Fundação Inês de Castro, uma escolha unânime por parte do júri do galardão que, ao longo dos anos, tem vindo a premiar a prosa e a poesia escritas em língua portuguesa.

O livro Alegria para o Fim do Mundo, que este ano foi adoptado como mote para a Feira do Livro do Porto, e que tem acumulado elogios por todo o país, é um livro que reúne a obra de Andreia C. Faria e que foi publicado na coleção lançada em 2019 pela Porto Editora, “Elogio da Sombra”, dirigida por Valter Hugo Mãe.

“Foi com muita maravilha que fui assistindo à estreia da Andreia C. Faria, à sua evolução, à sua maturidade assombrosa” afirmou Valter Hugo Mãe, numa antevisão do Observador ao lançamento da coleção. Na página web da Porto Editora, o escritor declara: “o trabalho de Andreia C. Faria está entre os mais urgentes, magníficos, da poesia contemporânea. A sua profundidade, uma contenção que não a impede da frontalidade, o enunciado terrivelmente irónico, o rasgo inesperado de cada verso, fazem do seu texto uma novidade por classificar, demarcando-a inclusive do colectivo de mulheres poetas que hoje escrevem também em força e bastante esplendor.

Andreia C. Faria (Porto, 1984) publicou em 2008 o seu primeiro livro de poemas, De haver relento (Cosmorama Edições). Seguiram-se Flúor (Textura Edições, 2013), um livro aclamado por José Mário Silva no Expresso (“Essa explosão, qual supernova, acontece em Flúor, um livro poderoso que amplia de forma brusca os horizontes desta escrita.”). O jornalista e crítico literário viria a incluir um poema de Andreia C. Faria, do livro “Um pouco acima do lugar onde melhor se escuta o coração (Edições Artefacto, 2015), na antologia Os Cem Melhores Poemas Portugueses dos Últimos Cem Anos (2017). Andreia C. Faria publicou ainda a obra Tão Bela Como Qualquer Rapaz (Língua Morta, 2017) e já em 2020, o livro de prosa Clavicórdio (Língua Morta).

A autora recebeu o prémio de Melhor Livro de Poesia nos Prémios Autores de 2018 da SPA – Sociedade Portuguesa de Autores com a obra Tão Bela Como Qualquer Rapaz. Este livro foi também incluído pelo crítico e ensaísta António Guerreiro na lista dos melhores livros de poesia de 2017 do jornal Público.

O júri do Prémio Literário Fundação Inês de Castro, com a mesma composição de anos anteriores – José Carlos Seabra Pereira, Mário Cláudio, Isabel Pires de Lima, Pedro Mexia e António Carlos Cortez – escolheu também por unanimidade atribuir o Prémio Tributo de Consagração Fundação Inês de Castro 2019 à obra de Lídia Jorge.

Lídia Jorge nasceu no Algarve e viveu os anos mais conturbados da Guerra Colonial em África. Passou pela Alta Autoridade para a Comunicação Social e trabalhou como professora do ensino secundário, tendo publicado regularmente artigos na imprensa.

Os seus livros abordam com frequência a condição feminina e a sua solidão.Entre as suas obras mais aclamadas, constam Notícia da Cidade Silvestre (1984), A Costa dos Murmúrios (1988), O Dia dos Prodigíos (1979) e O Vento Assobiando nas Gruas (2002), livro que venceu o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores em 2003.

Ao longo dos anos, o Prémio Literário Fundação Inês de Castro tem distinguido autores e obras de reconhecido valor, como Pedro Tamen (2007), José Tolentino Mendonça (2009), Hélia Correia (2010), Gonçalo M. Tavares (2011), Mário de Carvalho (2013), Rui Lage (2016) ou a poeta Rosa Oliveira, vencedora do galardão em 2017, entre muitos outros.

A Cerimónia de entrega de Prémios terá lugar em setembro, em condições ainda por confirmar. 

Aceda aqui à lista completa de obras e autores premiados.


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