De uma parceria feliz entre o Sítio de Santa Clara-a-Velha e a Fundação Inês de Castro nasceu o projecto de áudio-guias para o itinerário do Sítio de Santa Clara-a-Velha.
Os áudio-guias disponíveis em quatro línguas, português, francês, inglês e espanhol são instrumentos imprescindíveis para quem quiser fruir esta viagem ao seu próprio ritmo.
Os áudio-guias orientam a visita, propondo um itinerário determinado, fornecem a informação indispensável sobre a história do Sítio, o Mosteiro, e vão, de alguma forma, dando pistas ao visitante para a(s) história(s) que aqui tiveram lugar.
Com efeito, a viagem começa no Antigo Paço da Rainha, faz uma pausa no miradouro, onde se aborda pela primeira vez a ruína.
O visitante segue depois pelo caminho medieval em direcção à Igreja.
Na igreja, o visitante é agora convidado a perder-se num universo de pedra, onde as naves abobadadas confirmam a riqueza de quem mandou construir o Mosteiro.
Em seguida, a direcção aponta para o Claustro. É o espaço de lazer, a evocação do Paraíso para a comunidade de clarissas que aqui viveu durante três séculos.
Depois, a viagem centra-se nos espaços que marcam as rotinas do Mosteiro, que o visitante é convidado a espreitar: Refeitório, Lavabo, Cozinha Sala do Capítulo e, finalmente, o Dormitório.
Já a despedida se anuncia, mas ainda há tempo para uma breve referência à entrada do Coro e às transformações que o tempo nela operou. A viagem termina.
E quando o visitante se prepara para respirar fundo e começar a arrumar a mala desta viagem, os áudio-guias ainda o surpreendem com uma sugestão final. Uma visita ao Jardim da Quinta das Lágrimas e à mítica Fonte dos Amores, que, sem dúvida, complementa esta viagem. Ou não são Inês e Pedro património comum de Santa Clara e da Quinta das Lágrimas?
E é de Pedro e Inês que falam as palavras de Nuno Júdice. Assim evoca o poeta este amor:
(…) Mas é isto o amor:/ ver-te mesmo quando te não vejo, ouvir a tua/ voz que abre as fontes e todos os rios, mesmo/esse que mal corria quando por ele passámos, / subindo a margem em que descobri o sentido/ de irmos contra o tempo, para ganhar tempo/ que o tempo nos rouba (…). (Nuno Júdice, Pedro, lembrando Inês)