A Fundação Inês de Castro tem a alegria de comunicar que a Figueira dos Amores se destacou no pódio europeu, alcançando o 2º lugar do concurso European Tree of The Year 2025 com 43.427,00 votos
A Figueira da Austrália / The Lovers Banyan Tree, foi plantada há 150 anos junto à Fonte dos Amores nos Jardins da Quinta das Lágrimas e tinha sido votada, através de votação online e anónima em Novembro 2024, a Árvore do Ano 2025. Representou Portugal no concurso europeu Tree of the Year – Portugal em Fevereiro 2025, obtendo na votação online e anónima, 43.427,00 votos.
Os resultados da European Tree of the Year 2025 estão aí!
Os vencedores são:
1º lugar: Heart of the Dalkowskie Hills da Polónia, com 147,553 votos
2º lugar: The Lovers Banyan Tree de Portugal, com 43,427 votos
3º lugar: Pino de Juan Molinera de Espanha, 36,873 votos
Todos os anos, a votação para a Árvore Europeia do Ano traz-nos:
300 mil pessoas mais conscientes para com a natureza,
cuidado e preocupação com 16 árvores,
16 comunidades locais unidas por uma causa,
16 países orgulhosos da sua herança natural.
A Figueira dos Amores, imponente e centenária árvore dos Jardins da Quinta das Lágrimas, em Coimbra, conquistou o segundo lugar no concurso europeu ‘Tree of the Year 2025’. Com um total de 43 427 votos, a árvore portuguesa destacou-se entre as 15 finalistas pela sua grandiosidade, pela sua riqueza histórica e pela ligação à lenda de D. Pedro e Inês de Castro.
O concurso ‘Tree of the Year’ teve origem em 2011 e, desde então, celebra anualmente árvores com histórias significativas, promovendo a consciencialização sobre a preservação do património natural. A edição de 2025 contou com a participação de 15 árvores emblemáticas de diferentes países, com a votação a decorrer online e de forma anónima entre 3 e 24 de fevereiro de 2025.
A Figueira dos Amores, também conhecida como The Lovers Banyan Tree, é um exemplar da espécie Ficus macrophylla, originária da Austrália. Foi plantada no século XIX por um aristocrata apaixonado por botânica, que a trouxe para os Jardins da Quinta das Lágrimas através de uma troca de sementes com o Jardim Botânico de Sydney. Durante os seus mais de 150 anos, esta árvore tornou-se um símbolo de resistência, memória e beleza, crescendo majestosamente junto à Fonte dos Amores, cenário do romance imortalizado entre D. Pedro I e Inês de Castro.
Assunção Júdice, presidente da Fundação Inês de Castro, a entidade responsável pela gestão e conservação dos Jardins da Quinta das Lágrimas, afirma: “Este segundo lugar é um feito notável e uma homenagem ao valor histórico e natural da Figueira dos Amores nos Jardins da Quinta das Lágrimas. Esta árvore centenária, enraizada na memória de Coimbra e na história de Portugal, continuará a emocionar e a inspirar todos os que a visitam. Que esta distinção reforce a importância de preservar o nosso património arbóreo e de garantir que estas árvores singulares continuem a ser apreciadas pelas gerações futuras.”
Com este resultado, a Figueira dos Amores reafirma o seu estatuto como um dos ícones naturais mais importantes de Portugal e da Europa, incentivando um olhar mais atento à preservação das árvores que fazem parte da identidade de cada território.
Mais sobre a Figueira dos Amores:
A Figueira dos Amores é uma espécie também conhecida como figueira-estranguladora, devido ao seu crescimento nas florestas chuvosas da costa Leste da Austrália. No seu habitat natural, cresce inicialmente sobre outra árvore, lançando raízes que, ao alcançar o solo, a tornam
autónoma e acabam por estrangular o hospedeiro. No entanto, esta figueira é amplamente utilizada como árvore ornamental em parques públicos e jardins de climas mais quentes, como a Califórnia (EUA), Portugal, Itália e a Austrália.
Mais sobre o concurso nacional: https://portugal.treeoftheyear.eu/Vote
A Figueira dos Amores foi a mais votada na edição nacional, organizada pela União da Floresta Mediterrânica (UNAC), e recebeu 2.713 votos. No concurso nacional, que contou com 17.321 votos no total, o segundo lugar foi atribuído à Oliveira do Mouchão (Mouriscas, Abrantes) com 2.470 votos, e o terceiro ao Sobreiro Centenário (Abela, Setúbal) com 2.342 votos. A seleção das árvores finalistas foi feita por um painel de jurados composto por António Bagão Félix (economista), Rui Queirós (ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas), Francisco Teotónio Pereira (produtor do programa “Faça Chuva ou Faça Sol”) e João Maria Salgado de Goes (diretor da UNAC).